Transporte internacional de alimentos: boas práticas

O comércio e o transporte internacional de alimentos possibilitam equilibrar a oferta e a demanda entre diferentes mercados, contribuindo para a estabilidade no abastecimento global.
O Brasil, por exemplo, é um dos principais produtores e exportadores mundiais de alimentos, como carnes e café. Ainda assim, importa diversos produtos alimentícios que não são produzidos localmente ou cuja produção é insuficiente para atender à demanda interna.
Estima-se que um quinto dos alimentos consumidos no mundo seja proveniente do comércio internacional. Nesse contexto, o transporte internacional desempenha um papel vital, pois assegura que tanto produtos perecíveis quanto não perecíveis cheguem aos mercados globais com qualidade e integridade.
Neste artigo, você irá conferir um panorama do mercado global de alimentos, os principais alimentos exportados e importados pelo Brasil, entender como funciona o transporte internacional, as boas práticas e cuidados nessas operações internacionais.
Panorama do mercado global de alimentos
O comércio internacional possibilita ampliar a variedade de alimentos disponíveis aos consumidores. Os países produzem, em média, 120 tipos de alimentos, porém, através do comércio, têm acesso a 225 tipos diferentes.
Atualmente, estima-se que cerca de um quinto dos alimentos consumidos no mundo seja proveniente do comércio internacional.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization – FAO em inglês), o consumo mundial de alimentos cresce cerca de 1,2% ao ano, impulsionado principalmente por mercados emergentes.
A China, Índia, Estados Unidos, Brasil e União Europeia (UE) lideram a produção mundial, enquanto EUA, Brasil e UE se destacam como os principais exportadores.
Por outro lado, a China, UE, Japão e nações do Oriente Médio são os maiores importadores de alimentos, em parte por conta da escassez de terras cultiváveis ou do alto consumo interno.
Algumas tendências do setor incluem:
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Aumento do consumo de alimentos processados;
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Expansão do mercado de produtos orgânicos;
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Crescimento das proteínas alternativas.
Apesar do avanço nas produções para atender um mercado que só cresce, o setor alimentício enfrenta desafios como eventos climáticos e conflitos geopolíticos que impactam na cadeia produtiva, oferta e preços dos alimentos.
Leia também: Como a geopolítica influencia o comércio internacional
Quais alimentos o Brasil importa e exporta?
Segundo dados do Comex Stat, no primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou US$ 39,10 bilhões em alimentos e importou pouco mais de US$ 6 bilhões. Esse superavit é explicado pela grande capacidade produtiva do país, favorecida pelo clima, solo, extensão territorial e a indústria agro.
Exportações
Listamos abaixo os principais produtos alimentícios exportados.
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Café não torrado: US$ 7,19 bilhões
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Carne bovina: US$ 6,56 bilhões
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Açúcar: US$ 5,90 bilhões
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Carnes de aves: US$ 4,34 bilhões
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Carne suína: US$ 1,59 bilhão
Os principais destinos dessas exportações incluem China, Estados Unidos, Países Baixos, Alemanha, Indonésia e Japão.
Importações
O Brasil importa alimentos que não são produzidos em escala suficiente no país.
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Trigo e centeio não moídos: US$ 844,68 milhões
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Frutas e nozes não oleaginosas: US$ 449,44 milhões
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Cacau em bruto ou torrado: US$ 421,78 milhões
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Peixes: US$ 408,86 milhões
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Legumes, raízes e tubérculos: US$ 399,11 milhões
Entre os itens mais comuns estão salmão (não encontrado em águas brasileiras), batatas congeladas (industrialização concentrada no exterior) e cacau (produção nacional insuficiente para atender à demanda).
Os principais países fornecedores são Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Costa do Marfim, China, Estados Unidos e Itália.
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O transporte internacional de alimentos
Primeiramente, é importante diferenciar produtos perecíveis e não perecíveis. Essa distinção orienta a escolha do modal mais adequado e dos cuidados que envolvem a operação.
Alimentos perecíveis, como carnes, laticínios, batatas congeladas e frutas, requerem soluções em cadeia fria. São transportados, geralmente, em containers reefer, que permitem controle de temperatura entre -30 °C e +30 °C.
Embarques com volumes menores ou com prazos de entrega curtos, o transporte aéreo com temperatura controlada é uma opção adequada.
Os alimentos não perecíveis, como grãos, farinhas, massas secas, devem ser transportados em containers padrão alimento (food grade) que possuem um ambiente limpo, minimizando riscos de contaminações.
É também essencial embalagens adequadas ao tipo de alimento e à duração do trajeto. Frutas, por exemplo, precisam de embalagens ventiladas que permitam a respiração durante o transporte.
Certificações e exigências para exportação e importação de alimentos
Importar ou exportar alimentos exige atenção às normas fitossanitárias e de qualidade impostas pelos órgãos competentes de cada país.
No Brasil, os alimentos são fiscalizados principalmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dependendo do tipo de produto.
Antes de importar, deve ser realizada a consulta do tratamento administrativo da NCM do produto e seguir as exigências, que envolvem principalmente a emissão de licença de importação (LPCO), entre outros requisitos.
Na exportação, é fundamental observar as exigências do país de destino, que variam conforme o tipo de alimento, mas, em geral, necessitam de certificados fitossanitários internacionais emitidos por órgãos competentes, como o MAPA.
PGL Brasil: excelência no transporte internacional de alimentos
O Brasil é um dos protagonistas no comércio global de alimentos, com destaque na exportação de commodities agrícolas. Por outro lado, as importações suprem a demanda por produtos específicos que não são produzidos localmente ou em quantidade insuficiente.
A PGL Brasil oferece soluções completas em logística internacional para o setor de alimentos, atendendo desde grãos até cargas perecíveis. Temos estrutura e know-how para lidar com as particularidades de cada produto, da coleta à entrega.
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