Consolidação de cargas e a redução de custos na logística

As operações no comércio internacional podem envolver desde o fretamento de navios para um único embarque, até mesmo o envio de remessas menores como algumas caixas soltas, e neste segundo caso, fechar o frete de um contêiner exclusivo pode não ser economicamente viável, já que boa parte do espaço ficaria ocioso. Com base neste problema é que surgiu a consolidação de cargas, uma solução logística que permite agrupar mercadorias de diferentes importadores e exportadores.

A consolidação é uma estratégia valiosa para empresas que desejam reduzir custos sem comprometer suas operações, porém a escolha dessa modalidade depende de alguns fatores, como o perfil da carga e a urgência do embarque.

Neste conteúdo, vamos explicar o que é a consolidação de cargas, como ela funciona em diferentes modais de transporte e em quais cenários essa modalidade é ideal. Acompanhe!

O que é consolidação de cargas?

A consolidação de cargas consiste em agrupar mercadorias de diferentes empresas (importadores ou exportadores) em um único envio, formando um lote maior. Na visão da empresa transportadora, seja ela um armador ou uma cia aérea, aquele lote é visto como um único embarque.

Essa prática permite o aproveitamento máximo da capacidade dos veículos, contêineres ou aviões.

Na logística, normalmente, quanto maior a carga, menor é o custo de frete por unidade transportada, pois grandes volumes ganham um poder de barganha maior perante os transportadores.

Cargas maiores também reduzem outros custos operacionais que vão além do frete, como despesas de movimentação e taxas adicionais de frete, que são rateadas entre todas as cargas do embarque consolidado.

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Como funciona a consolidação nos diferentes modais de transporte?

A consolidação de cargas pode ser utilizada nos diferentes modais: aéreo, marítimo e rodoviário. É bastante recorrente no transporte interno rodoviário no Brasil, onde é conhecida como transporte fracionado.

A seguir, explicamos como essa modalidade se aplica a cada modal.

• Aéreo: diferente do modal marítimo tradicional (não consolidado), em que o frete é vendido com base em um contêiner, no modal aéreo o que se considera para a cobrança do frete é o peso bruto ou o volume da carga (o que for maior). Ao escolher embarcar consolidado no modal aéreo, além de aproveitar a agilidade dessa via de transporte, os custos de frete se tornam mais baratos, já que a carga menor é transportada com a mesma tarifa de uma maior.

• Marítimo: o transporte consolidado via marítimo é conhecido como LCL (Less than Container Load). Previamente ao embarque, as cargas dos diversos embarcadores são levadas a um armazém, onde são estufadas dentro do contêiner, e então o equipamento é entregue ao porto para embarque. A cobrança do frete acontece de forma similar ao aéreo (considerando peso ou volume), porém no marítimo seu custo é ainda mais competitivo.

• Rodoviário: o consolidado no rodoviário, conforme falamos acima, é conhecido como transporte fracionado. Cargas de diferentes clientes são agrupadas em um único caminhão, otimizando o transporte em rotas próximas. É utilizado principalmente no transporte em território nacional.

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Quando utilizar a consolidação de cargas?

A consolidação pode ser uma boa estratégia quando sua carga atende alguns dos critérios abaixo:

• Volumes pequenos: este ponto pode variar, pois o que é uma carga pequena no modal marítimo pode não ser no modal aéreo. No marítimo, normalmente se escolhe a consolidação quando sobra um espaço considerável no contêiner. No aéreo, cargas com menos de 500 quilos taxados muitas vezes são aceitas em uma consolidada.

• Carga geral: itens perecíveis, produtos químicos, perigosos ou de alto valor não são aceitos em embarques consolidados, pois representam certo grau de risco. Dessa forma, o tipo de carga aceita no transporte consolidado são cargas secas e gerais.

• Sua operação permite certa flexibilidade: a consolidação exige um tempo adicional para coleta, estufagem ou junção com outras cargas. Além disso, normalmente a frequência das saídas consolidadas é semanal ou quinzenal. O importador ou exportador deve levar isso em conta e ter certa flexibilidade.

Os valores de frete, especialmente em períodos de tarifas altas, são um desafio para importadores e exportadores. Assim, a consolidação de cargas é uma das saídas que podem ajudar a tornar as operações mais lucrativas.

Fatores de atenção ao escolher embarcar via consolidada

O exportador e o importador devem entender certas características inerentes a esse tipo de operação.

No modal rodoviário operando com consolidada, por exemplo, o horário de coleta e entrega da carga pode ocorrer ao longo de todo o dia no horário comercial. O tempo para carregamento no veículo e descarregamento também costuma ser mais limitado que o usual, já que o veículo possui uma programação com rotas que envolvem cargas de vários clientes.

Já no modal marítimo, ao compartilhar o contêiner, se certos itens da consolidada forem selecionados para fiscalização, todo o contêiner será impactado com o atraso.

Além disso, os prazos em um transporte consolidado são menos flexíveis do que em um embarque individualizado. O embarcador tem um deadline mais curto para disponibilizar a carga e a documentação antes do embarque, já que é preciso realizar todo um preparo e junção das cargas antes da entrega no porto ou aeroporto.

Conclusão

Desde grandes empresas a empreendedores individuais, utilizam a consolidação de cargas como uma maneira eficiente e acessível de importar ou exportar seus produtos.

Hoje, há centenas de consolidadas saindo e chegando nos principais portos, aeroportos e pontos de fronteira no mundo, facilitando ainda mais as trocas comerciais. Porém, conforme reforçamos no texto, para embarcar nessa modalidade é importante considerar pontos específicos, como o tipo e o tamanho da carga.

Contar com agentes de carga que tragam segurança na operação consolidada, evitando erros, atrasos e rolagens, é essencial. Por isso, confie em um agente capaz de atuar com excelência nessa modalidade.

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