Já ouviu falar na alfândega fashion?

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Entenda o mercado e cuidados para importar e exportar produtos deste setor

O Brasil, entre as nações emergentes, é um dos países que mais gastam com vestuário, ficando atrás apenas da Rússia, Índia e China. Ou seja, há um enorme potencial para o setor.

Em 2024, a indústria têxtil e de confecção faturou R$ 203,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O país conta com uma cadeia têxtil completa, que vai desde a produção dos fios até a confecção das roupas, além de um sólido varejo.

O comércio exterior é um aliado do setor, pois permite que empresas tenham acesso a produtos diferenciados, de diversas marcas do mercado internacional, e competitivos, trazendo novidades para o mercado brasileiro. Também possibilita que empresas brasileiras ampliem seus negócios no exterior.

Neste artigo exploraremos dados e informações sobre o comércio exterior do setor fashion, com foco em vestuário.

O mercado global do setor fashion

O mercado global de vestuário é avaliado em cerca de US$ 1,36 trilhão e deve alcançar US$ 1,78 trilhão até 2029, segundo relatório da empresa Mordor Intelligence.

O crescimento do setor é impulsionado por fatores como as vendas on-line, que reduzem barreiras geográficas e facilitam o processo de compra, além do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.

No estudo, é apontada a Europa como um dos principais mercados, concentrando grandes grupos e marcas, enquanto as maiores taxas de crescimento estão na Ásia.

No Brasil, a indústria têxtil e de confecção é o segundo maior empregador da indústria de transformação, atrás apenas do setor de alimentos e bebidas. O país possui uma cadeia têxtil completa, da produção de fibras e tecelagens à confecção, vestuário e varejo, e é referência mundial em diversos segmentos, como moda praia e jeanswear.

Setor fashion: dados sobre importação e exportação de vestuário

Segundo dados do portal Comex Stat, na categoria artigos de vestuário e seus acessórios, o Brasil exportou, no primeiro semestre de 2025, US$ 105,82 milhões em valor FOB. Em relação ao mesmo período de 2024 (US$ 98,7 milhões), houve crescimento de 7,21% nas vendas ao exterior.

Entre os principais itens exportados estão:

  • Calças, jardineiras, bermudas e shorts (calções), de malha, de fibras sintéticas, uso feminino (NCM 61046300)

  • Camisetas, incluindo as interiores, de malha, de algodão (NCM 61091000)

  • Camisetas, incluindo as interiores, de malha, de outras matérias têxteis (NCM 61099000)

  • Calcinhas, de malha, de uso feminino, de fibras sintéticas ou artificiais (NCM 61082200)

  • Maiôs e biquínis de banho, de malha, de uso feminino, de fibras sintéticas (NCM 61124100)

Olhando para os principais compradores de vestuário, estão o Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, Argentina e Chile.

Na importação, o Brasil registrou, no primeiro semestre de 2025, US$ 1,37 bilhão em valor FOB, um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período de 2024.

Os principais itens importados foram:

  • Suéteres, pulôveres, cardigãs, coletes e artigos semelhantes, de malha, de fibras sintéticas ou artificiais (NCM 61103000)

  • Camisetas, incluindo as interiores, de malha, de algodão (NCM 61091000)

  • Vestuário e seus acessórios (incluindo as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada não endurecida, do tipo utilizado em medicina, cirurgia, odontologia ou veterinária (NCM 40151200)

  • Outras luvas de borracha vulcanizada, não endurecida (NCM 40151900)

  • Sobretudos, japonas, gabões, capas, anoraques, casacos (blusões) e semelhantes, de fibras sintéticas ou artificiais, de uso masculino, exceto os artigos da posição 62.03 (NCM 62014000)

Grande parte dessas importações vem da China (cerca de 53%), seguido por Bangladesh, Vietnã, Paraguai e Tailândia.

Leia também: Empresas pequenas também devem investir em importação!

Principais cuidados ao importar e exportar produtos do setor fashion (produtos têxteis)

Como em toda importação, uma classificação fiscal bem feita e a devida atenção ao tratamento administrativo da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) são pontos indispensáveis.

Quando se trata de produto têxtil, é necessário garantir que o produto atenda às normas brasileiras de rotulagem (na importação) ou às normas do país de destino (na exportação).

A importação e comercialização de produtos têxteis no Brasil devem seguir a Portaria INMETRO Nº 118, de 11 de março de 2021, que aprova o Regulamento Técnico Mercosul sobre Etiquetagem de Produtos Têxteis, reunindo todas as informações técnicas para o importador.

As informações obrigatórias em uma etiqueta de produto têxtil no Brasil são:

  • Nome, razão social ou marca registrada e identificação fiscal do fabricante nacional, importador ou detentor da marca.

  • Identificação fiscal: registro tributário conforme a legislação de cada país do Mercosul.

  • País de origem, com a expressão “Feito no(a)”, “Fabricado no(a)” ou “Indústria” seguida do adjetivo gentílico do país de origem. Não é permitido usar apenas blocos econômicos ou bandeiras.

  • Composição: nome e percentual das fibras ou filamentos (ex.: 50% algodão, 35% poliéster).

  • Cuidados e informações sobre a conservação do produto.

  • Tamanho ou dimensão.

A regra também se aplica a empresas que fabricam partes e peças para produtos têxteis no Brasil.

Apesar desses regramentos, é importante ressaltar que produtos têxteis não exigem registro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) nem anuência do órgão para serem importados.

Na exportação, os exportadores precisam seguir as legislações e atender às exigências do país de destino, como traduzir e adaptar a etiqueta ao idioma local. Cada país conta com seus próprios regulamentos, por isso, é importante pesquisar e alinhar-se ao importador.

Leia também: Como funciona a importação de produtos têxteis

A logística é uma aliada do setor fashion, e a PGL Brasil pode auxiliar

Para assegurar o sucesso nas operações internacionais envolvendo produtos do setor fashion, a logística é uma etapa essencial, especialmente no que diz respeito a prazos e competitividade, fatores muitas vezes cruciais em um mercado tão disputado.

Seja no modal aéreo, marítimo ou rodoviário, a PGL Brasil atua com soluções logísticas adequadas para importadores e exportadores de vestuário, fios, tecidos e diversos produtos que compõem o universo fashion, além de fornecer soluções em desembaraço aduaneiro, trazendo integração à operação.

Se sua empresa atua neste setor e precisa de um parceiro logístico que fale a língua da moda e do comércio exterior, fale com a nossa equipe. Estamos prontos para apoiar sua operação com soluções sob medida!

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