Imposto de importação do azeite zerado. Descubra mais sobre este segmento na importação.

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O azeite de oliva é um alimento produzido e consumido há mais de 6 mil anos, e ao longo dos séculos foi difundido na culinária de diversas culturas, em especial na bacia do Mediterrâneo. É um alimento valorizado por seu sabor e benefícios à saúde.

Mesmo o Brasil sendo um forte produtor de alimentos, o azeite de oliva é um dos itens que, por condições climáticas, não são produzidos em larga escala no país, necessitando assim da importação para suprir a demanda interna.

O seu preço disparou no último ano, em decorrência da redução global da oferta, e recentemente houve redução no imposto de importação do item.

Quer entender melhor sobre o mercado de azeite de oliva, compreender o que há por trás do seu aumento de preço e como funciona a importação deste produto? Acompanhe abaixo!

Redução do imposto de importação

No último mês de março de 2025, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou a redução da tarifa do imposto de importação sobre 11 alimentos, entre eles o azeite de oliva.

Com isso, o imposto de importação sobre o azeite de oliva passou de 9% para 0%.

A iniciativa busca ampliar a oferta do produto e ajudar na redução dos preços no mercado interno, em um momento em que o valor do azeite tem registrado fortes altas não só no Brasil, mas também no mercado global.

Por que o preço do azeite de oliva está alto?

Essa redução do imposto é baseada na alta do preço do azeite, que nos últimos meses, principalmente em 2024, disparou no mundo e no Brasil, fazendo o produto praticamente se tornar um artigo de luxo.

Em determinado período, o preço do produto chegou a acumular um aumento de quase 50%. Embora mais estabilizado agora em 2025, seu preço continua alto.

A alta é atribuída a fatores climáticos: nos dois últimos anos, uma seca atingiu a Europa, reduzindo de forma drástica as colheitas de azeitonas, impactando assim na oferta do azeite.

A Espanha é o maior fabricante de azeite do mundo, e entre as safras de 2021/22 e 2022/23 enfrentou uma redução na produção de 60%, passando de 1,5 milhão de toneladas para cerca de 600 mil toneladas.

O Brasil possui produção nacional de azeite de oliva, porém é pequena, e para abastecer o mercado interno, depende dos produtores europeus, em especial Portugal e Espanha.

A boa notícia é que a última safra, colhida em outubro de 2024, dobrou em relação às anteriores, sinalizando uma retomada na produção de azeite.

A expectativa é que, agora em 2025, a produção global atinja 3,1 milhões de toneladas, representando um crescimento de 23% em comparação com 2024. Com isso, é possível que o preço do azeite comece a cair.

O mercado brasileiro de azeite de oliva

O consumo de azeite de oliva no Brasil deu um salto nas últimas décadas, ganhando espaço na alimentação dos brasileiros. De acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI), o consumo per capita no país saltou de 143g em 2004 para 410g em 2019.

Apesar do crescimento, apenas 0,24% do azeite consumido no Brasil é de produção nacional. Isso se deve às especificidades no cultivo da oliveira, que requer invernos frios (sem geadas intensas), verões secos e baixa umidade, condições climáticas presentes em poucas regiões do país.

O Rio Grande do Sul e a Serra da Mantiqueira são os principais polos produtores de azeite no Brasil, justamente por reunirem essas características para o cultivo.

Segundo o COI, o Brasil é um dos maiores importadores de azeite do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Europeia, respondendo por cerca de 8% das importações globais.

A importação de azeite de oliva

Em 2024, o Brasil importou aproximadamente US$ 780,5 milhões em azeite de oliva, um aumento de mais de 32% em relação ao valor registrado no ano anterior, que foi de US$ 589,4 milhões.

Em termos de volume, no entanto, houve uma queda: foram 77 mil toneladas importadas em 2024, contra 80 mil toneladas em 2023.

Ou seja, o país importou menos azeite, mas pagou mais caro por ele, reflexo da escassez global e da valorização do produto.

Os principais fornecedores de azeite ao Brasil são Portugal, Espanha, Chile, Itália e Argentina.

Países como a Turquia e Grécia também fornecem ao Brasil, mas com menor participação.

Apesar do crescimento no consumo de azeite que citamos nos parágrafos acima, o brasileiro ainda consome pouco em contraste com outros mercados. O consumo anual por pessoa não chega a meio quilo, enquanto na Grécia é cerca de 11 quilos, na Espanha 10 quilos e na Itália 7 quilos. O que, potencialmente, é um mercado a ser explorado.

Procedimentos e cuidados na importação

Para realizar a importação de azeite e aproveitar-se das oportunidades deste segmento, é necessário atender a regras específicas, em especial aos regramentos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Alguns dos passos e procedimentos da operação de importação incluem:

  • Registro do importador junto ao MAPA;

  • Necessidade de licença de importação (LI/LPCO) perante o MAPA;

  • Rotulagem conforme a legislação;

  • Exame laboratorial para verificar a qualidade do azeite.

O importador que apresentar o Certificado de Análise do azeite, emitido por laboratórios credenciados pelo MAPA no país de origem do produto, exonera a necessidade de coleta e análise da amostra no Brasil, tornando o processo mais fácil e rápido.

Além disso, uma logística internacional bem planejada e coordenada é fundamental para assegurar que o produto chegue ao destino em perfeitas condições, com proteção adequada durante o armazenamento e o transporte, evitando a exposição à luz, ao calor excessivo e garantindo um ambiente limpo.

Conclusão

O Brasil depende quase totalmente do azeite de oliva produzido no exterior, já que, como vimos, a produção nacional ainda é bastante limitada.

Agora, com o imposto de importação zerado e a expectativa de melhores colheitas, é possível que os preços se estabilizem e a oferta volte ao normal, o que abre novas oportunidades para o setor, especialmente considerando que o azeite vem ganhando cada vez mais espaço na alimentação dos brasileiros.

Importar azeite exige atenção às regulamentações e uma logística bem estruturada. Contar com especialistas em comércio exterior pode tornar este processo mais ágil, seguro e eficiente.

Na PGL Brasil, ajudamos importadores a garantir mais conformidade em suas operações, com soluções de alto nível em despacho aduaneiro e logística internacional.

Precisa de apoio para importar azeite ou qualquer outro produto? Fale com a gente!

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