Drones e robôs na logística: já tem data para começar?

A crescente demanda por operações logísticas mais rápidas, eficientes e competitivas tem acelerado a adoção de soluções em tecnologia em diversas frentes do setor. Entre essas tecnologias que ganham espaço estão os drones e os robôs.
O uso de robôs e drones é um movimento que já começou na logística, iniciado principalmente por grandes empresas ao redor do mundo. Porém, sua operação ainda é restrita por fatores relacionados à escalabilidade e barreiras regulatórias.
Neste artigo, vamos entender o potencial do uso de drones e robôs na logística, seus benefícios e desafios, e qual o progresso atual da aplicação real dessas tecnologias.
O ponto de partida do uso de drones na logística
O uso de drones em operações logísticas vem sendo testado há mais de uma década, mas seu ponto de partida oficial no Brasil foi no início de 2022, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) concedeu a primeira autorização para a realização de entregas comerciais com aeronaves não tripuladas no país.
Desde então, o Brasil tem se destacado como pioneiro na regulação e no uso logístico dessas aeronaves não tripuladas, auxiliando no estabelecimento de protocolos de segurança que ajudam os debates tanto em âmbito nacional como internacional.
Cada vez mais empresas têm se interessado em integrar essa tecnologia em sua logística, que possui como principais benefícios:
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Capacidade de realizar entregas de forma mais rápida;
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Redução de custo na logística;
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Facilita entregas em áreas de difícil acesso;
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Maior atendimento às políticas de sustentabilidade.
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Quais são os principais segmentos que utilizam drones?
A limitação no tamanho e peso das cargas que os drones podem carregar acaba restringindo seu uso a segmentos específicos, principalmente na entrega de alimentos.
Em Dublin, na Irlanda, a empresa Just Eat começou a realizar a entrega de alimentos de restaurantes com drones. Em estágio inicial, algumas entregas podem levar somente 3 minutos após o carregamento.
Porém, essa tecnologia não atende somente o segmento de entrega de alimentos. Uma matéria do Valor Econômico traz como case um laboratório de análises clínicas que utiliza drones para o transporte de material biológico do local de coleta até o laboratório onde são feitas as análises, substituindo o modal rodoviário.
Robôs e a automação na logística
Além dos drones, outra tecnologia que está sendo adotada na logística são os robôs, com atuação principalmente em centros de distribuição e armazéns.
Há diferentes tipos de robôs que são utilizados em diferentes funções, como empilhadeiras autônomas, robôs móveis automatizados (AMRs) e braços robóticos. Essas máquinas utilizam câmeras, sensores e inteligência artificial para transitar de forma segura e realizar suas atividades com precisão e agilidade, como coletar, separar e movimentar produtos.
A área da robótica aplicada à logística tem recebido investimentos de grandes empresas. Conforme reportagem da Exame, a Amazon investiu US$ 100 bilhões em inteligência artificial e robótica neste ano.
No Brasil, o Mercado Livre adotou robôs em seu centro de distribuição em Cajamar, São Paulo, com a expectativa de reduzir o tempo de processamento dos pedidos em 20% e também reduzir a distância percorrida pelos funcionários em 70%.
No momento da coleta de um produto vendido ou para guardar um item recebido do fornecedor, o robô movimenta a própria prateleira até o funcionário.
Além de tornar o processo mais eficiente, essa solução também gera economia de espaço, permitindo que no centro de distribuição seja possível acomodar de 10% a 15% mais itens por metro quadrado.
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Quais são os principais entraves para a adoção de drones e robôs em larga escala?
Apesar dos exemplos reais da aplicação dessas tecnologias, a adoção de drones e robôs na logística em larga escala ainda enfrenta desafios.
No caso dos drones, há questões como a limitação de autonomia do voo, capacidade de carga, custos e questões regulatórias.
Sobrevoar zonas urbanas traz riscos relacionados à segurança, e existe a necessidade da criação de uma infraestrutura adequada para pousos e decolagens, já que em muitos casos o drone não efetua a entrega diretamente na residência ou empresa do comprador, mas sim em um local apropriado que funciona como um “porto de drones”.
Em relação aos robôs, assim como os drones, já há cases de sucesso que auxiliam na movimentação logística em armazéns e centros de distribuição. Porém, um fator limitante é o alto custo de investimento para adquirir essa tecnologia. Além disso, esses robôs possuem certa limitação de peso, sendo, no momento, mais aplicáveis ao perfil de empresas de e-commerce.
Conclusão
Os drones e os robôs já possuem um papel na logística, mas ainda estão limitados por alguns entraves que discutimos no parágrafo acima.
O objetivo dessas novas tecnologias é claro: reduzir os prazos na logística, diminuir custos e aumentar a eficiência das operações.
Como acontece com toda nova tecnologia, a adoção de drones e robôs na logística deve ocorrer de forma progressiva, especialmente com os avanços de sistemas de inteligência artificial, que contribuem para uma maior autonomia e adaptação desses equipamentos.
Investir em inovação é cooperar com um futuro mais próspero e conectado. E na PGL Brasil, trazemos isso para nossa rotina diária ao propor soluções inteligentes às necessidades logísticas de nossos clientes.
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