Entenda sobre o transporte de cargas perigosas no modal aéreo
Cargas identificadas como perigosas possuem um papel crucial em diversos setores, como na indústria química, farmacêutica, médica e odontológica, servindo de insumo em processos industriais ou fazendo parte da composição de produtos.
Na logística internacional, o transporte das cargas perigosas exige conhecimento técnico e um rigoroso cumprimento das regulamentações, principalmente quando se trata do modal aéreo, já que muitas vezes na mesma aeronave onde se é transportado uma carga perigosa, centenas de passageiros podem estar a bordo, tornando indispensável um cuidado requintado para garantir a segurança.
Neste artigo, abordaremos a definição de cargas perigosas, qual a regulamentação que deve ser utilizada como base na preparação de seus embarques aéreos e os principais pontos de atenção. Boa leitura!
O que são cargas perigosas?
Cargas perigosas são produtos que podem representar riscos às instalações físicas, meios de transporte, à saúde das pessoas e ao meio ambiente.
Alguns exemplos de cargas perigosas são pesticidas, álcool, tintas, baterias de lítio e peróxido de hidrogênio.
Para que essas cargas perigosas sejam transportadas de forma segura, é necessária uma tratativa especial em relação ao seu acondicionamento, documentação, etiquetagem e manuseio.
Classificação das cargas perigosas
Para padronizar a identificação das cargas perigosas, a Organização das Nações Unidas (ONU) categoriza as cargas perigosas em nove classes:
-
Classe 1: Explosivos;
-
Classe 2: Gases;
-
Classe 3: Líquidos inflamáveis;
-
Classe 4: Sólidos inflamáveis;
-
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
-
Classe 6: Substâncias tóxicas e infectantes;
-
Classe 7: Materiais radioativos;
-
Classe 8: Substâncias corrosivas;
-
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos .
Dentro de cada classe, há uma variedade de UNs, que é um código de quatro números atribuído a uma substância perigosa de forma mais específica, e para cada UN, existem tratamentos e procedimentos específicos que devem ser observados no transporte.
A regulamentação no transporte de cargas perigosas no modal aéreo
A regulamentação base para o transporte aéreo de cargas perigosas é o Dangerous Goods Regulations (DGR) da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).
Este manual, utilizado por exportadores, companhias aéreas, agentes de cargas e profissionais aeroportuários, compila regras e instruções sobre o transporte de itens perigosos no modal aéreo, trazendo informações como, por exemplo, a quantidade máxima de um produto perigoso que pode ser transportado por embalagem, se um determinado produto pode ser transportado em aeronave passageiro, e restrições em geral.
Quais os cuidados no transporte de cargas perigosas?
O primeiro passo para preparar uma carga perigosa para ser transportada via modal aéreo é consultar a UN e a classe da mercadoria no DGR IATA e seguir as instruções ali dispostas.
Como principais pontos de atenção e cuidados que o exportador deve observar, destacamos:
-
Identificar se o DGR aponta a necessidade de uma embalagem homologada, ou seja, uma embalagem especial que garante maior segurança no transporte;
-
Atentar às quantidades máximas permitidas por embalagem. Assim como os limites impostos para passageiros (como líquidos e aerossóis), as cargas perigosas também têm restrições específicas de quantidade que devem ser respeitadas;
-
Sempre comunicar a todos os envolvidos na operação que se trata de um embarque de cargas perigosas. A omissão dessa informação pode levar a acidentes e a graves penalidades;
-
As caixas ou pallets devem conter etiquetas indicando o tipo de carga perigosa transportada, conforme exigências do DGR.
Documentos no transporte de cargas perigosas
O exportador deve emitir documentos específicos que detalham as características perigosas da carga. Esses documentos devem acompanhar o embarque, garantindo que os operadores nos aeroportos de origem, conexão e destino possam realizar as tratativas adequadas. Os documentos necessários são:
-
Material Safety Data Sheet (MSDS) e Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ): no qual fornecem detalhes técnicos do produto e orientações em caso de acidentes;
-
Shipper’s Declaration for Dangerous Goods: declaração do exportador sobre qual é a carga perigosa.
Conclusão
O transporte de cargas perigosas envolve diversas nuances, considerando que há milhares de UNs distribuídas entre as 9 classes de produtos perigosos.
O DGR da IATA é o principal guia para garantir a segurança e conformidade no transporte aéreo de cargas perigosas, e deve ser seguido por toda a cadeia logística de forma minuciosa.
Além disso, ao contratar um serviço de transporte aéreo com um agente de cargas, os importadores e exportadores devem sempre verificar se o agente possui a certificação IATA, pois esta certificação assegura a expertise necessária para a operacionalização de embarques de cargas perigosas.
Na PGL Brasil, possuímos a certificação IATA, dessa forma você tem a certeza de que está contando com uma empresa capacitada e que aplica as melhores práticas no transporte aéreo de cargas perigosas.
Para entender mais sobre nossos serviços e como podemos auxiliar no transporte de suas cargas perigosas, entre em contato!
Cadastre-se para receber nossas Newsletters