Peak Season e os atuais desafios do transporte marítimo – como se preparar?

blank

A Peak Season é um período crítico no calendário do comércio internacional, trazendo consigo diversos desafios para as empresas que atuam no comércio exterior, especialmente para os importadores que compram da China.

Adicionalmente, neste ano, enfrentamos outro desafio: a situação no Mar Vermelho, que vem causando disrupções no transporte marítimo desde o início do ano.

Quer entender melhor sobre este cenário, e como mitigar os efeitos negativos em seus embarques? Continue a leitura abaixo.

 

O que é Peak Season?

A Peak Season refere-se ao período de maior demanda no transporte internacional de mercadorias, geralmente ocorrendo entre setembro e início de outubro.

Isso acontece porque nas últimas semanas do ano, por conta do período de festividades, o consumo aumenta, dessa forma as empresas precisam abastecer as prateleiras, e para isso precisam de produtos e insumos, que muitas vezes vem de fora.

Para haver tempo hábil do produto chegar, ser desembaraçado, produzido (caso seja um insumo) e propriamente distribuído, essa preparação já inicia em torno dos meses de agosto e setembro.

Dessa forma, o aumento no volume de produtos importados leva a uma maior demanda por serviços logísticos, gerando pressão na capacidade de transporte dos armadores e companhias aéreas.

Cerca de 75% das importações brasileiras utilizam o modal marítimo como principal via de transporte, logo este é o modal mais afetado.

Os principais impactos nos embarques são:

  • Acúmulo de cargas nos terminais portuários e aeroportos.
  • Falta de contêineres vazios disponíveis para novos embarques.
  • Falta de espaço nos navios.
  • Rolagens de cargas, quando o contêiner não embarca no navio previsto e altera sua programação para a próxima saída.
  • Fretes mais altos.

Esses problemas ocorrem especialmente em embarques da China, já que o país atende grande parte do mundo.

Outro fator relevante é o feriado nacional chinês em outubro, que dura cerca de uma semana, durante o qual muitas fábricas e empresas interrompem suas atividades.

Para evitar atrasos, os exportadores se apressam para despachar as mercadorias antes do feriado, a fim de atender seus clientes importadores com maior rapidez. Isso intensifica a situação já complicada.

 

O que está acontecendo no Mar Vermelho?

O Mar Vermelho é uma região chave para o comércio global, devido à sua conexão com o Canal de Suez, que liga a Ásia à Europa. Por essa rota, navegam entre 10% a 15% do comércio global total e cerca de 30% do volume global de contêineres transportados.

Desde o final de 2023, os navios que transitam pela região têm sido alvos de ataques realizados pelo grupo rebelde Houthis que opera no Iêmen, país costeiro no Mar Vermelho.

Esses ataques desencadearam uma desordem na cadeia de suprimentos global, já que a maioria dos armadores, para evitarem serem alvos, passaram a operar pela costa oeste da África, causando aumento no transit time e nos custos logísticos.

De acordo com os principais índices que medem o frete marítimo da China para diversos destinos ao redor do mundo, atualmente (agosto de 2024) o frete está 200% maior em comparação com o valor praticado no mesmo período de 2023.

Embora rotas diretas da Ásia ao Brasil não sejam diretamente afetadas pela questão do transit time, este cenário gera um efeito cascata em toda a logística global, como:

  • Aumento das tarifas de frete para cobrir os custos logísticos adicionais causados pelos desvios.
  • Demora na disponibilidade de contêineres vazios devido ao aumento do tempo de trânsito.
  • Interrupção na linha de produção dos importadores que esperavam receber produtos dentro dos prazos.
  • Congestionamentos nos portos para atracação, devido à falta de previsibilidade, já que os navios, com as mudanças na rota, alteravam suas escalas nos portos de forma inesperada. Um exemplo é o Porto de Singapura, onde a fila de espera para atracar chegou a 4 dias.

 

Há previsão para a situação normalizar?

A normalização da situação no Mar Vermelho e o retorno da navegação na região ainda são incertos.

Os ataques dos Houthis são motivados pelo conflito entre Israel e Gaza, que recentemente se expandiu para o Irã.

Os Houthis afirmam que cessarão os ataques aos navios somente se o conflito terminar, mas as últimas notícias não indicam qualquer indício de fim.

Apesar de haver uma operação internacional montada para reforçar a segurança marítima da região, os ataques continuam a acontecer.

 

Como melhor se preparar diante deste cenário?

Diante desses desafios, decorrentes da Peak Season e da situação no Mar Vermelho, as empresas importadoras devem adotar abordagens como:

  • Antecipar e planejar com máxima antecedência as operações logísticas.
  • Manter um nível de estoque de segurança maior para lidar com possíveis atrasos.
  • Colaborar com fornecedores de serviços logísticos confiáveis, que trarão mais eficiência e visibilidade para sua logística e lhe ajudarão a contornar os desafios da melhor forma possível.

Dessa forma, foi possível compreender os desafios atuais do transporte marítimo, que relaciona a Peak Season com a questão atípica neste ano enfrentada no Mar Vermelho.

A preparação contra estes, e demais desafios que possam ocorrer na cadeia logística, é essencial para que as empresas possam lidar com imprevistos sem interromper suas operações.

A PGL Brasil possui duas décadas de experiência em soluções de comércio exterior e logística internacional, e com base em nossa expertise, sabemos como propor as melhores soluções mediante aos desafios nos embarques de nossos clientes, principalmente em períodos como este.

Entre em contato conosco e conte com soluções de alto nível!

E-ticaret SEO

E-ticaret SEO

Share This

Copy Link to Clipboard

Copy